INDICADORES DE EXCLUSÃO CULTURAL NO BRASIL SÃO PREOCUPANTES!

Considerado o 5º maior país do mundo em extensão territorial, o Brasil possui em sua história uma grande variedade de contribuições étnicas. Essa variedade nos tornou uma nação com uma extrema riqueza cultural, porém indicadores apontam uma exclusão dessa riqueza.

Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 92% dos brasileiros nunca frequentaram museus; 93% jamais frequentaram qualquer exposição de arte; 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança; e apenas 13% frequentam cinema alguma vez por ano.

Em se tratando de leitura, a situação também é crítica, pois o brasileiro lê em média 1,8 livros por ano, enquanto na Colômbia o índice é de 2,4 livros per capita/ano e na França são sete livros per capita/ano. Para piorar um pouquinho, no Brasil, 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população.

Veja mais dados do IBGE sobre a exclusão cultural no Brasil:

Perfil dos municípios brasileiros:

– 90 % não têm salas de cinema;

– 77 % não têm teatros;

– 75 % não possuem museus;

– 75 % não têm livrarias;

– 66 % não possuem centros culturais;

– 86 % não têm secretaria exclusiva de cultura;

– 98 % não têm órgão da administração indireta para a área;

Esses são apenas alguns dados que sinalizam o quanto precisamos avançar no quesito inclusão cultural. Para dar conta dessa transformação urgente, a parceria entre iniciativa pública e privada por meio de projetos socioculturais tem sido fundamental.

Em Uberlândia no Triângulo Mineiro, um projeto sociocultural que atende alunos da rede pública no contra turno escolar tem sido objeto de entusiasmo e de transformação dessa realidade.

O Projeto Transforma – Oficinas de Artes Cênicas realizado pelo EMCANTAR Social, em parceria com Programa Transforma, e patrocínio do Instituto Algar, por meio das Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e Lei Rouanet, recentemente promoveu o acesso de 120 crianças e adolescentes a espetáculos pela primeira vez.

Lara Mariana, de 13 anos, é aluna do Projeto e conta que nunca tinha estado em um teatro antes. “Não sabia como era. Mas, agora, só nesse ano em que vim para o Projeto, já fui duas vezes com a turma para assistir a um espetáculo de dança e outro de música no Teatro Municipal de Uberlândia. Achei muito bom, gostei demais, achei tudo diferente, organizado e bonito”, disse.

Entre as contrapartidas do Projeto, estão passeios a espaços culturais para visitação e também para apresentação, pois durante as oficinas os alunos desenvolvem seu próprio espetáculo para ser compartilhado com a comunidade.

“Já realizamos seis passeios a espaços culturais para que os alunos tenham acesso a espetáculos de teatro, dança, música, etc. Também apresentamos cinco espetáculos próprios criados coletivamente durante as oficinas do Projeto, e que envolvem teatro, expressão corporal, cenário, figurino, técnica vocal, instrumentos de percussão e brincadeiras populares”, conta a oficineira, Luciene Andrade.

Para conviver bem em sociedade, é fundamental que alunos desenvolvam desde a primeira infância as habilidades sociais, que os acompanharão por toda a vida. Ações socioculturais no colégio são importantes, pois além de promovem a  socialização, o respeito, além da consolidação do aprendizado.

EMCANTAR Social

Raquel Costa

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