O PODER DO INCENSO : RELAXA E PURIFICA!
O incenso, a fumaça sacramental milenar utilizada para santificar, abençoar e venerar, além de simbolizar a nossa intensa fé,vem conquistando adeptos na sua utilização.
Antigamente, ainda durante o tempo dos faraós, as pessoas acreditavam que a fumaça do incenso era uma forma de se ligar aos deuses. Os egípcios, adeptos do uso de incensos, prontamente mandaram importar a mercadoria de produtores de muito longe, na costa da Arábia e também da Somália. Este povo não era o único a ser apaixonado pelo aroma único dos incensos.
Os povos hindus, babilônios, hebreus, chineses e japoneses também utilizam o incenso há milênios. Os três primeiros utilizavam os artefatos como oferendas, enquanto os povos do leste asiático usavam incensos em cultos xintoístas ou como forma de relembrar e valorizar os antepassados.
Enquanto os povos gregos antigos utilizavam os incensos como uma forma de exorcizar demônios e culturais os deuses do Olimpo, os católicos também adotavam os incensos em seus rituais para representar a chegada da prece coletiva feita pela comunidade a Deus. O incenso costumava ser queimado principalmente na ocasião de missas solenes, quando era dada a benção final.
Quando Jesus nasceu, os Três Reis Magos trouxeram três presentes ao pequeno Salvador: ouro, mirra e, claro, incenso. Naqueles tempos, o incenso era um dos artefatos mais nobres e valorizados por religiosos, reis, e por toda a sociedade. Era parte das tradições mais antigas exercidas pelas populações.
A resina aromática dos incensos era feita de ervas, já muito conhecidas pelas sociedades daquele tempo. Para se fazer o incenso, obtém-se a resina vegetal de algumas espécies de árvores burseráceas, muito comuns nos desertos da Arábia e também da África.
Os incensos são tão importantes, que há registro desses artefatos nas antigas escrituras bíblicas e em muitos outros documentos históricos da mesma época em diversas regiões do planeta.
A palavra Incenso vem do latim “incendere”, que significa, literalmente, queimar. O uso milenar do incenso na humanidade também foi sendo alterado conforme se desenvolviam novas tecnologias para desenvolvê-lo e novas combinações de aromas para criar incensos diferentes de aromas sofisticados e cada vez mais diversos.
No entanto, os objetivos de se queimar incensos permanecem os mesmos: purificar o ar, o espírito, promover paz interior, calma, serenidade e sentimentos bons em um ambiente puro e agradável.
De acordo com a tradição descrita nas escrituras indianas contidas no Vedas, o incenso precisa ser utilizado com regularidade, nos mesmos locais e horários todos os dias, com a intenção de se preparar o ambiente para meditação, yoga e outras atividades que exigem concentração. Os indianos acreditam que a constância na preparação do ambiente é responsável por liberar as propriedades mágicas dos incensos. A tradição recomenda ainda que os incensos sejam queimados durante o amanhecer, no meio-dia e ao anoitecer.
Relaxa, embriaga, purifica:
Pesquisas científicas tem demonstrado que, ao ser queimado o incenso desprende tetraidrocanabinol (THL), substância com notável poder desinfetante, porém também inebriante e anestésica, capaz, por exemplo, de atenuar dor de cabeça e de dente.
O fenol exalado pela fumaça do incenso de fato atua no córtex cerebral (sede da consciência e da elaboração de informações) e sobre o sistema neurovegetativo (que controla a respiração, o ritmo cardíaco, as funções digestivas e intestinais).
Foi comprovado que o THL estimula a serotonina (substância produzida pelo cérebro, pertencente ao grupo biológico das aminas). Doses básicas, como por exemplo as equivalentes as exalações de incenso durante uma cerimônia religiosa, aumentam o nível de serotonina que, por sua vez, atenua os impulsos nervosos e baixa a freqüência das ondas cerebrais, criando um estado psicofísico que facilita a capacidade de concentração. A serotonina é também dotada de ação anti-hemorrágica, sendo protetora dos capilares.
Supõe-se que o incenso, com seu poder inebriante, é capaz de ajudar na concentração, despertando a vontade psíquica, levando paz ao coração, aplacando as tensões, predispondo à meditação e acendendo nos ânimos aquele fervor que permite entrar em contato com a divindade.
Também estimula favoravelmente o olfato do homem, exalta o caráter solene de uma celebração e, finalmente, desinfeta e purifica os ambientes.
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